sábado, 29 de setembro de 2012

Village Undergroung já chegou a Lisboa

Lembras-te do Village Underground, projecto de recuperação de carruagens de metro antigas para transformação em espaços de escritório?
 
Pois é, já chegou a Lisboa! E se estás a precisar de um espaço de trabalho para ti ou para a tua equipa, apressa-te pois as reservas já começaram a cair!
Desde há 3 anos a ser projectado pelas mãos da Madame aka Mariana Duarte Silva, o Village Underground chegou finalmente a Portugal no local mais indicado da cidade de Lisboa: o Museu da Carris.
 
Os escritórios serão construídos dentro de contentores marítimos com um design único e inovador, e haverá 60 lugares disponíveis para aluguer. Mas já podes passar por lá e dar uma vista de olhos nos 2 autocarros antigos de dois andares da Carris, onde serão instaladas as salas de reunião.

Fazem falta ideias inovadores destas, especialmente em tempos de crise.
Change your mindset, go underground.


 
Village Underground Lisboa from Mariana D. Silva on Vimeo.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Green walking

 
Andar a pé faz bem ao ambiente.
Às vezes é difícil que os cidadãos interiorizem isto.
 
 Por isso, para demonstrar ao público como andar a pé e deixar o carro na garagem faz mesmo bem ao ambiente, o criativo chinês Jody Xiong em conjunto com a Fundação para a protecção do ambiente da China, desenvolveram um projecto megalómano nas passadeiras para peões chinesas.
 
Foram colocadas telas gigantes com imagens de árvores despidas nas passadeiras de 15 cidades chinesas. Depois, em ambos os lados do passeio, depositaram enormes esponjas ensopadas em tinta verde (ecológica claro!).
 
Cada vez que um peão atravessava a estrada, a tinta ficava nos seus sapatos, deixando folhas com as suas pegadas.
Qual a mensagem: quanto mais andares a pé, mais verdes serão as árvores. Literalmente!
 
Quase 4 milhões de pessoas participaram na criação de 132 árvores.
E a mensagem passou...
Vê o vídeo abaixo!
 
 



 
 

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Literatura vs. trânsito em Melbourne


Neste verão, Luzinterruptus, já antes aqui mencionado, esteve na Austrália com uma nova instalação.

Seguem as declarações e algumas fotografias:

"In June, we went to Melbourne to carry out a large-scale installation, our largest so far, at the Light in Winter festival.

This year’s theme was “reading”, for this reason they asked us to recreateLiterature vs Traffic, a piece that we had previously installed in New York in a subversive manner and which they now offered us the opportunity to expand it and make it grow for a month.

We had 10,000 books discarded by public libraries because they considered them to be obsolete, that the Salvation Army was responsible for collecting and donating them to us, altruistically of course, we also had our lights and the help of a lot of friends with whom we lived for a month doing the work of assembly and installation.

The objective of this piece? The same as the first time that we carried it out, that a river of books overflowing into the physical pedestrian spaces and installed itself in the space allocated to cars, stealing precious space to the dense traffic in the area, in a symbolic gesture in which literature took control of the streets and became the conquerer of the public space, offering the citizens, a space (not as big as we would have liked) in which the traffic withdrew yielding ground to the modest power of the written word.

On the final night, the overflowing river of books, was offered to the visitors who took their time choosing the most interesting to take home from the thousands installed there. In addition 9 artists from the company Yumi, conducted an impromptu and magical performance that ended in a donation of books to the occupants of the cars that were circulating in the vicinity, who, stupefied opened their windows to receive these mysterious presents."



 



quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Develelopment is out. Sustainability is the new black

Já o ar está impestado do cheiro do cadáver. O Desenvolvimento morreu.
Este termo que tanto significou na nossa era, esta palavra sobrecarregada de sentido, finalmente deixou de fazer sentido.
Uma palavra com duzentos anos de construção de significado histórico e social, que foi impregnada de um significado ainda mais forte com o discurso do presidente Truman, em 1949, quando a contrapôs ao termo por ele considerado como Subdesenvolvimento ("Devemos empreender um novo programa audaz que permita que os benefícios do nosso progresso científico e industrial sirvam para a melhoria e o crescimento das áreas subdesenvolvidas"). A partir desse dia, dois mil milhões de pessoas acordaram subdesenvolvidas. Ao contrapor a evolução dos Estados Unidos no pós-guerra, Truman categorizou todos os outros como o seu espelho invertido. O Desenvolvimento passou então a significar quase apenas o escape ao Subdesenvolvimento. E as regiões subdesenvolvidas deixaram de se preocupar em trabalhar as suas especificidades e condicionantes, em definir objectivos próprios, preocupando-se apenas em cumprir o que os mais países poderosos lhes queriam impor.
Durante muitos anos, o Desenvolvimento foi seguido quase como uma religião, tendo como deus o crescimento económico. Só em 1962, as Nações Unidas recomendaram que o Desenvolvimento económico fosse aliado ao Desenvolvimento social, que melhorasse a qualidade de vida das pessoas. Nesta década, declarada como a Década para o Desenvolvimento, o enfoque social foi adicionado ao termo Desenvolvimento. Não funcionou. Na década de 70, as Nações Unidas procuraram uma estratégia global, baseada na ação conjunta das esferas económica e social. Em 1980, quase se anunciou o fim do Desenvolvimento, com o aumento exponencial das desigualdades económicas e sociais. Já na década de 90, surgiu o termo de Redesenvolvimento, que implicava o ter de desenvolver melhor o que não tinha corrido bem anteriormente.
Surgiu depois o Desenvolvimento sustentável. Uma espécie de Redesenvolvimento verde e democrático. Ou seja, para sustentar o Desenvolvimento.
Os tempos mudaram. O Desenvolvimento, o Redesenvolvimento ou o Desenvolvimento sustentável já não tem pernas para andar. As provas estão à vista. Nas ruas, nos governos, nas empresas. Está na altura de mudar finalmente de paradigma. Não há já desenvolvimento possível. O Planeta não o permite, o Estado não o permite, a Economia não o permite.    
A palavra de ordem agora é Sustentabilidade. Apenas.