segunda-feira, 30 de abril de 2012

Quem se importa? - Empreendorismo Social

"Qual o nome que se dá para o activista que, de tanto protestar, acaba mudando tudo ao seu redor?"

Conheces Muhammad Yunus, vencedor do Prêmio Nobel da Paz, em 2006, e considerado como o pai do microcrédito? Este antigo professor no Bangladesh nos anos 70, doutor em Economia, não se conformava com a extrema pobreza da população local, que vivia dependente de agiotas. Fundou assim o Grameen Bank, que começou com o empréstimo de 27 dólares do seu próprio bolso a quem necessitava, e que não podia contrair empréstimos bancários. Estes clientes eram na sua maioria mulheres pobres, e que se revelaram excelentes clientes, pela forma como pagavam os seus empréstimos. Até hoje, os empréstimos são feitos baseados exclusivamente na confiança – e não em contratos ou acertos jurídicos.

E sabias que existe um monge budista belga, que treina ratos na Tanzânia? O seu nome é Bart Weetjens e um  dos seus objectivos é detectar turbeculose em amostras de saliva humana mais rapidamente que os laboratórios convencionais. O outro é descobrir minas terrestres no solo, liberando assim enormes áreas de terra antes inutilizadas pelas guerras. A ONG Apopo emprega actualmente mais de 200 pessoas e tem mais de 300 ratos em vários estágios de criação, treino e implementação para identificação de minas terrestres e o diagnóstico da malária, entre outros projectos.

Este é um documentário sobre empreendedores sociais no Brasil e no mundo. Pessoas brilhantes, que criaram, cada qual, uma organização inovadora capaz de não só mudar a sociedade ao seu redor, mas também causar impacto social suficiente para que estas ideias possam virar políticas públicas, passíveis de serem disseminadas por todo o mundo.
Com a participação de Muhammad Yunus, Bill Drayton, Al Etmanski, Bart Weetjens, Dener Giovanini, Eugenio Scannavino Netto, Isaac Durojaiye, Jehane Noujaim, Joaquim Melo, Joaquín Leguía, John Mighton, Karen Tse, Mary Gordon, Oscar Rivas, Premal Shah, Rodrigo Baggio, Vera Cordeiro e Wellington Nogueira.

A não perder.
E tu? Achas que podes mudar o mundo?

domingo, 29 de abril de 2012

Cascatas de livros

Imaginem que vão a passear pelas ruas da vossa cidade e subitamente vêem uma torrente de livros a brotar de uma janela. Uma cascata feita de centenas de livros que caem na rua à vossa frente. Como se os próprios livros ganhassem vida e se libertassem das estantes, das prateleiras e dos armários, voando em simultâneo pela janela. Fazendo a apologia de que um livro não deve estar fechado numa casa, que é um objecto de todos e para todos. Que os livros são para ser lidos e relidos, emprestados, oferecidos, trocados...
Confesso que tenho bastante dificuldade em emprestar os meus livros. Sinto que fazem parte de mim. Preciso que estejam por perto. São muito do que aprendi e do que sei e sinto que sem eles fico mais vazia. Custa muito libertar-me deles e apenas o faço em casos muito especiais.
Daí que a nova instalação da espanhola Alicia Martín, que está actualmente na sua cidade natal, Madrid, me tenha cativado imediatamente. Chama-se "Biografias" e utiliza centenas de livros que caem em cascata de alguns edifícios da cidade.
Cada coluna está suportada por uma estrutura de metal, que lhe dá forma e fixa cada livro no seu sítio.
Este é o último trabalho da artista, que cria as suas obras intrincadas utilizando milhares de livros reciclados.





sexta-feira, 27 de abril de 2012

Maria Saloia e o seu Portugal

Portugal. Aquele Portugal provinciano. Aquele Portugal de brandos costumes. Aquele Portugal saloio. A nossa alma, a nossa gente. O fado, o folclore, o fandango, o vira, o coro alentejano. Os petiscos, as patuscadas, os churrascos, os chouriços, as açordas, as feijoadas, as espetadas, as mariscadas. Os passeios, os convívios, os bailes, as festas. Aquilo de que sentimos falta. Aquilo que procuramos, mesmo quando não o sabemos. O que mais nos marca. O que gostamos.
Todos nós somos o Portugal em que vivemos. O Portugal das tradições e dos provérbios. O Portugal que está a ficar esquecido, mas que resiste, que ainda existe. O Portugal que ainda nos espera. A nossa infância e o nosso futuro.
O Portugal que faz falta. E que anima a malta.
Ele ainda aí está, resistente e orgulhoso. Aproveita-o!
E aproveita o teu tempo livre para o celebrar. Ele não está longe. Está perto de ti e do teu coração.
Entra na festa e conhece a Maria Saloia, personagem antiga do teu imaginário e que agora te dá todas as dicas para ocupares os teus dias a festejar o que há de mais português.



Somos todos saloios. Ja não provincianos. E ainda orgulhosos.



Sabe mais em Maria Saloia
Parabéns à iniciativa!

E tu? Gostas disto?

Os donos de Portugal ou Um país de brandos costumes

Muito se tem comentado sobre o documentário de Jorge Costa, "Os donos de Portugal".
Segundo o autor, este é um retrato dos últimos cem anos de poder económico, que aponta o dedo à protecção do Estado às grandes famílias (Mello, Champalimaud e Espírito Santo), que de há várias décadas para cá dominam a economia do país.
Permito-me hoje dissecar aqui alguns pontos criticados e demonstrar como fazem parte deste nosso país de brandos costumes, que, convenhamos, não difere hoje muito do Portugal dos reis e das cortes.
O documentário critica a forma de acumulação e crescimento da riqueza destas famílias, feita através dos casamentos. Ao olhar para a árvore genealógica, vemos que estão praticamente todas ligadas pelo sagrado matrimónio, método infalíval na gestão das grandes heranças. De facto, os membros destas grandes famílias são todos primos uns dos outros. São todos tios e tias de inúmeros sobrinhos. O que no fundo não difere muito do que era praticado nas cortes. Casamentos entre reis e rainhas, príncipes e princesas, condes e condessas, e por aí fora. Uma prática comum há vários séculos. Os bem casados. Os casamentos e os amores de conveniência. Já não ditados por títulos nobiliárquicos e sim por títulos na banca.
Refere-se ainda à constituição de riqueza e acumulação de poder ligado à ditadura e às simpatias por regimes fascistas na Europa do séc. XX. Portugal, como país neutro aquando da II Guerra Mundial, fez um jogo duplo considerado "brilhante" com os dois blocos. As conhecidas simpatias com o Eixo são conhecidas de todos, e muito bem retratadas no documentário. Considero esta forma de enriquecimento e de alargamento de influências altamente perversa e um ponto que deveria até ser mais focado e criticado na peça.
Por fim, quanto à compra, venda, privatização e nacionalização de empresas, quase compulsiva, algo já não tão chocante. Todos sabemos (ou deveríamos saber) que é assim que funciona neste mundo em que vivemos. O regresso de Champalimaud a Portugal e à economia nacional foi algo muito criticado durante o governo de Cavaco, quando se criticava que estávamos a deitar por terra todas as conquistas de Abril, com o processo de privatizações de empresas que tinham sido nacionalizadas.
Favores e desfavores, cunhas e recomendações. É assim que funciona e sempre funcionou este pequeno país à beira mar plantado. Portugal, um país de brandos costumes.

Um excelente documentário. Parabéns à equipa!


quarta-feira, 25 de abril de 2012

Hoje é dia de ser livre

No Verão de 1975, o escritor colombiano Gabriel García Marquez esteve em Lisboa e escreveu as seguintes palavras:
"Por razões históricas e geográficas, sendo um dos países mais pobres da Europa mas com uma posição estratégica essencial, Portugal é obrigado a sentar-se à mesa dos países mais ricos e sofisticados do planeta, mas falando num idioma que ninguém entende,  porque a ninguém lhe interessa entendê-lo, com os bolsos remendados e os sapatos rotos, mas com a dignidade de ter sido noutros tempos o dono quase absoluto de todos os mares."
Passados 37 anos, continuamos na mesma: dignos e de cabeça erguida, sentados junto dos donos do mundo, e com os bolsos, as meias e os sapatos rotos. Obrigados a participar num banquete no qual nada nos dão de comer, apenas para a fotografia e para manter a família unida. Não comemos porque não produzimos nem cozinhámos nada em contribuição. "A única coisa que Portugal produz são portugueses..."
É esta a liberdade que queremos ter? É esta a liberdade que vamos continuar a aceitar?
Está na altura do avô pobre e maltrapilho se recompor, meter mãos à obra e usar todos os seus vastos conhecimentos adquiridos para mostrar que também tem valor. E esse avô Portugal somos todos nós. E não precisamos de entrar em saudosismos sebastianistas nem outros que tais. Se queres realmente ser livre, mexe-te, actua e faz algo pelo teu país. Trabalha, cria, inventa. Faz o que sabes fazer bem. Não somos bons só quando vamos lá para fora. Também podemos ser bons cá dentro. E se tentares, vais ver que é bem mais fácil do que parece.
É um belo dia para começar de novo. Feliz dia da Liberdade.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Dá a casa ao manifesto

Skateboarding is not a crime.

Esta expressão foi criada há anos atrás, como resposta às políticas urbanas que excluíam e baniam o uso do skate nas cidades. O argumento era de que danificava e destruía equipamentos públicos, desde corrimões a passeios, etc. Além disso, durante muitos anos a prática do skate era associada à criminalidade, pelo que as pessoas temiam este desporto e quem o praticava.
Actualmente, esta concepção mudou. A cultura skater ganhou terreno, através da música, do cinema, dos jogos de vídeo, etc. Hoje grande parte das cidades tem já skateparks nos seus arredores, como forma de prevenir o uso do espaço público para praticar este desporto. Porém, deveriam ser construídos ainda mais, principalmente nos centros das cidades.
Os skaters continuam sem espaço suficiente para praticar. E foi nisso que pensou Pierre Andres Senizergues, ex-campeão mundial e fundador da Etnies. Deu casa ao manifesto: um projecto arquitectónico com o qual o comum e mortal skater apenas poderia sonhar. A PAS House é uma casa totalmente preparada para andar de skate, em toda a sua superfície, seja interior ou exterior. O seu protótipo foi já apresentado em Paris.
Imaginem uma cidade onde os skates são o principal meio de transporte, dentro e fora de casa. Os edifícios seriam ligados por uma estrutura em laço. Dentro de casa, todas as superfícies são tubulares, com rampas nas paredes. Até a mobília está preparada para a prática do skate.
Além disso, o projecto foi pensado tendo em conta o uso da ventilação natural e da luz solar e os materiais utilizados teriam origem local.

Será um sonho?





segunda-feira, 23 de abril de 2012

Islândia e o ponto final na crise

Terminou hoje o julgamento de Geir Haarde, antigo primeiro-ministro da Islândia, que liderava o país aquando do colapso dos bancos em 2008, como consequência da crise financeira global. Mr. Haarde é o único governante no mundo a ser julgado por negligência no seu desempenho como primeiro-ministro de um país no contexto da crise mundial. Isto é possível porque a Islândia criou em 1905 o Landsdómur, um tribunal com competências para julgar criminalmente ex-governantes que tenham actuado contra o bem do país. Em 107 anos de existência, este é o primeiro caso a ser julgado.
A Islândia foi em 2008 palco do maior colapso bancário da história mundial, tendo em conta a sua dimensão. Após uma década de boom económico, em que o sector bancário multiplicou por 9 o valor do PIB, a Islândia crashou com a falência dos três maiores bancos numa mesma semana, e viu a sua dívida externa ultrapassar em 80% o valor dos bancos.
Mas será este julgamento a melhor forma de encontrar os verdadeiros responsáveis pelo que se passou naquele país? Será Geir Haarde o verdadeiro culpado da crise na Islândia? Então e David Oddsson, primeiro-ministro de 1991 a 2004 e governador do Banco Central de 2005 a 2009? Não terá igualmente responsabilidade neste assunto? Mr. Oddsson não enfrenta qualquer tipo de acusação, a não ser a má língua do domínio público. Não seria mais importante fazer o seguimento e avaliação das políticas públicas, bem como dos processos de tomada de decisão?
Mr. Haarde foi declarado culpado de negligência pelo Landsdómur, mas não cumprirá pena de prisão. Poderá este ser um ponto final em todo este difícil processo? 
A Islândia ultrapassou a sua crise de forma exemplar. Em 2009, criou uma nova constituição com base em assembleias populares, estabelencendo como pilares a protecção da natureza e dos seus recursos naturais, bem como dos direitos das gerações futuras. O povo islandês rejeitou num referendo em 2011 o resgate dos bancos e o pagamento da dívida externa.  Actualmente, a Islândia aprensenta uma taxa de crescimento anual de 2,5%, superior à média da União Europeia.

Parabéns à Islândia! E que tudo isto sirva de exemplo para os demais países.

Abaixo um vídeo do prof. Joseph Stiglitz, economista e vencedor do Nobel em 2001, com as lições a retirar de todo este processo.

domingo, 22 de abril de 2012

Vetos e armas... trocas e baldrocas




Muito se tem falado do veto da Rússia à resolução das Nações Unidas para o fim da violência na Síria. Juntamente com a China, não votou contra uma acção militar nem contra o estabelecimento de sanções económicas, mas simplesmente contra a exigência do fim do massacre à população civil. Simplesmente contra  o fim da chacina! A comunidade internacional indignou-se, exaltou-se e revoltou-se, tal como tu estás (ou deverias estar) a fazer. Mas afinal, o que levou estes dois gigantes a votarem contra a paz naquele país?
Ora tanto a Rússia como a China têm no seu seio problemas relacionados com a subjugação de minorias étnicas e povos inteiros. O seu voto a favor da população civil e contra o regime de Bashar al-Assad poderia ser utilizado depois contra as duas potências, para a adopção de medidas semelhantes que protegessem a Tchetchénia ou o Tibete.
E é quase surpreendente que quem mais se indignou perante esta tomada de decisão foi nada mais nada menos que Israel, o país que mais resoluções das Nações Unidas violou e que recorre inúmeras vezes ao veto dos EUA para travar qualquer resolução que seja contrária aos seus interesses. Um país construído num  território ocupado e oferecido como recompensa aos judeus americanos, segundo o acordo feito em 1917 entre a rainha de Inglaterra e o Lord Rothchild para conseguir ajuda americana na vitória sobre o império otomano (Declaração de Balfour). 

E aqui entra o tema de hoje, o comércio e a venda de armas entre países. Neste mundo ao contrário, como dizia Eduardo Galeano, é revoltante que "los países que custodian la paz universal son los que más armas fabrican y los que más armas venden a los demás países". 
Neste caso,  a Rússia é o maior fornecedor de armas ao regime de Assad, na Síria, tal como os EUA o são de Israel. No primeiro caso, o regime massacra o seu próprio povo, enquanto no segundo, ocupam há quase 50 anos o território de um outro povo. Alguém terá aqui moral para criticar ou ficar indignado com a atitude do outro país perante a Assembleia das Nações Unidas?
No início de 2012, a Rússia acabou com a venda de armamento mais pesado à Síria, não por livre e espontânea vontade, mas por ter sido interceptado junto à costa do Chipre um navio carregado de armas que se dirigia para a Síria. Única e exclusivamente por pressão internacional, e não por ideais humanistas...
Ora o mercado internacional de armas não é regulado. Segundo a Amnistia Internacional, existe mais legislação sobre o comércio de bananas do que sobre o armamento.
Em Julho de 2012, a Assembleia das Nações Unidas vai decidir sobre a adopção de um tratado internacional de comércio de armas. A Amnistia Internacional não deixou passar esta oportunidade para criar uma campanha incrível (como é já habitual) sobre o comércio internacional de armas. A ideia é que se regularize e se proíba a venda de armas a países que violam direitos humanos. 
De que servirá no fundo? Será que as ditaduras do Médio Oriente deixarão de poder comprar armas? Será que Israel terá de se orientar com o que já tem para continuar a ocupar Gaza e outros territórios palestinianos? 
O importante aqui é demonstrares qual a tua posição sobre este tema. Demonstrares que acreditas que seria possível uma outra realidade. Demonstrares que isto não é justo.



Arms trade info graphic


sábado, 21 de abril de 2012

Hungry For Change





Depois do primeiro filme "Food matters", chega agora o novo "Hungry for change" sobre o problema da indústria alimentar dietética. Afinal o que há de errado? É este o caminho correcto para uma vida mais saudável? 


Trailer Hungry for change:




Trailer Food matters:

sexta-feira, 20 de abril de 2012

O ranking da felicidade

Os países mais felizes do mundo estão todos no Norte da Europa: Dinamarca, Finlândia, Noruega. Os mais infelizes são dos mais pobres da África subsariana: Togo, Benim e República Centro-Africana.
No primeiro Relatório Mundial sobre Felicidade, elaborado pela Universidade de Colúmbia a pedido das Nações Unidas (ONU), Portugal ficou classificado no lugar 73, a meio de um ranking com 156 nações, mas atrás de 22 dos 27 Estados-membros da União Europeia. Apesar de existir uma ligação entre a riqueza e o bem-estar das pessoas, o estudo concluiu que factores como liberdade política, laços sociais fortes e a ausência de corrupção são igualmente importantes.

(publicado no Público)


Cestas da Quinta - mas que bela ideia

E se pudesses ter vegetais e frutas frescas entregues em tua casa todas as semanas?

A Cestas da Quinta nasce com a vontade de facilitar a vida aos portugueses, proporcionando-lhes comodidade, conforto e bem-estar, sempre com a exigência de uma vida saudável e de uma alimentação equilibrada, rica e diversificada, através de alimentos frescos, salutares e benéficos para a saúde.



Preocupados também com a falta de tempo de cada pessoa, decidimos entregar em casa ou no local de trabalho, directamente do produtor, duas charmosas cestas: uma com FRUTA e outra com LEGUMES.
As cestas são compostas por 10 a 14 variedades, geralmente por frutas e vegetais nacionais da época, alguns de cultura biológica e pesam cerca de 10/12 Kgs.

Vê mais sobre estas cestas no https://www.facebook.com/cestasdaquinta




quinta-feira, 19 de abril de 2012

Hugh's fish fight - luta contra o desperdício!

Em 2011, o programa de Hugh Fearnley-Whittingstall, "Hugh’s Fish Fight" foi transmitido no Reino Unido. 
Devido às loucas leis da UE, metade de todo o peixe capturado no Mar do Norte é lançado de volta ao mar morto. 
Um motivo evitável é o uso da quota de espécie única numa pescaria mista. O regime de quotas destina-se a proteger as populações de peixes, estabelecendo limites de quantos peixes de uma determinada espécie devem ser pescados. No entanto, numa pescaria mista, onde coabitam muitos peixes diferentes, os pescadores não conseguem controlar que espécies capturam. Pescar uma espécie frequentemente significa capturar outra, e se aos pescadores não é permitido desembarcar o que capturam, a única opção é lançá-los ao mar. A grande maioria destes peixes devolvidos morre.
Como as devoluções não são monitorizadas, é difícil saber exactamente quanto peixe está a ser deitado fora. A UE estima que, no Mar do Norte, as devoluções estão entre os 40% e os 60% das capturas totais. Muitos destes são bacalhau, arinca, solha e outras espécies alimentares populares de óptima qualidade que estão “acima da quota”. Como aos pescadores não é permitido desembargar qualquer peixe acima da quota, no caso de o capturarem acidentalmente - o que não podem evitar fazer - não existe escolha senão lançá-los ao mar antes de chegarem ao cais.
Hugh’s Fish Fight lançou uma petição online apelando ao fim das devoluções, que é apoiada por uma ampla coligação de Organizações Não-Governamentais (ONGs) ambientais e também por um número crescente de pescadores, grupos industriais e responsáveis políticos.




Junta-te a esta campanha e a quase 800.000 pessoas que já assinaram esta petição. Ao apoiar esta campanha, o teu nome será adicionado a uma carta a enviar para a Comissária Maria Damanaki, os membros do Grupo de Reforma da Política Comum das Pescas e para todos os Deputados do Parlamento Europeu.

Podes ver aqui as soluções propostas: http://www.fishfight.net/solutions/

Para assinar a petição clica aqui para acederes ao site português: http://www.fishfightpt.com/

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Ideias verdes geniais


E que tal uma jóia viva pendurada ao pescoço? Designed by Colleen Jordan. 




E ao sair do banho, entregar os pés em relva fresca? Por Nguyen La Chanh. 



E que tal reaproveitar a água do guarda-chuva? Porta-guarda-chuvas por Simon Enever.


Arte urbana em Lisboa

A Câmara Municipal de Lisboa tem consciência que uma cidade para ser culturalmente rica deve abraçar a street art como uma manifestação artística essencial. Temos actualmente uma das maiores colecções de arte urbana mundiais.  A Câmara preocupou-se inclusive em desenvolver uma série de projectos junto dos moradores, para promover o grafittismo e retirar o seu estigma negativo.  
Há cerca de 1 ano atrás, uma lista divulgada pelo "The Guardian" coloca o graffiti feito pelos irmãos brasileiros Os Gémeos, o italiano Blu e o espanhol Sam3, num prédio devoluto na Avenida Fontes Pereira de Melo, em Lisboa, no top 10 dos melhores trabalhos de arte urbana do mundo. Na lista encontra-se ainda um trabalho do artista português Alexandre Farto, conhecido como VHILS, feito em Londres.
Parabéns Portugal!



terça-feira, 17 de abril de 2012

Follow your heart - SUSTENTA-TE







Sofás verdes pela cidade

O National Trust do Reino Unido lançou o projecto "Grass sofa" nos espaços públicos. Um total de 300 sofás foram colocados em parques e jardins, como resposta à quantidade absurda de tempo que as crianças passam em espaços fechados, nomeadamente em frente à televisão. 
Excelente iniciativa! 

E se fizéssemos o mesmo por cá?




segunda-feira, 16 de abril de 2012

Tim Lang e os pontos nos i's - segurança alimentar

O professor Timothy Lang da City University London, fala sobre alterações climáticas e o problema da segurança alimentar e alerta para o papel do consumidor como verdadeiro actor de mudança, juntamente com os decisores políticos ou as grandes multinacionais da indústria alimentar.
Já pensaste bem no que comes?

Reabilitar a custo zero e a paixão de José

Em 2011, o jovem José Paixão, residente na Áustria, apresentou a sua candidatura: Reabilitar a custo zero ao concurso da Fundação Calouste Gulbenkian, "Ideias de origem portuguesa".



A ideia consiste em criar uma organização sem fins lucrativos que ofereça a possibilidade a senhorios de prédios degradados de reabilitarem o seu imobiliário a custo zero. Para tal, os proprietários oferecem alojamento e alimentação a estudantes estrangeiros de arquitectura e engenharia que se voluntariam para conceber e concretizar a requalificação.

Os materiais e equipamentos necessários à realização das requalificações seriam doados como caridade à organização sem fins lucrativos de modo a serem deduzíveis dos impostos a pagar pelas empresas fornecedoras. Para além das contrapartidas financeiras, as empresas teriam também o seu nome associado a um projecto honroso e potencialmente de elevada exposição pública.




Por último, a supervisão técnica das obras resultaria de uma parceria com a Universidade. Os projectos de requalificação seriam casos de estudo em cursos de reabilitação de edifícios e assim sujeitos ao acompanhamento técnico por parte de professores e alunos especialistas.


Ganhou o 1.º lugar entre 203 projectos apresentados e já está a ser colocado em prática no Porto, através do projecto «Arrebita Porto».
A Câmara Municipal do Porto assinou no passado dia 4 de abril 2012, o protocolo do «Projecto Arrebita!Porto – Reabilitação a Custo Zero» juntamente com a Fundação Porto Social, Fundação Calouste Gulbenkian, Porto Vivo – SRU, Instituto de Empreendedorismo Social e o arquitecto José Paixão.
O primeiro edifício reabilitado a custo zero estará pronto em 2014.
Parabéns!

domingo, 15 de abril de 2012

L'importance d'être heureux, par Amélie Poulain

"On the 31st of August, at in the morning Amélie suddenly has a luminous idea. She is going to find the owner of this box and return his treasure to him. If he's moved, that's it, she'll start to mingle with other people's lives." 

Aqui a ideia é realizar pequenas acções que tenham como objectivo mudar o mundo, ou os pequenos mundos em que vivemos. Acções desinteressadas, que façam alguém sorrir, sentir-se melhor, emocionar-se, etc. Qualquer coisa que mude o dia a dia de alguém
.


"Mucha gente pequeña,
en lugares pequeños,
haciendo cosas pequeñas,
puede cambiar el mundo."  (Eduardo Galeano) 


Já conheces o projecto Amélie? Tu também podes dar ideias e participar!
http://projectoamelie.tumblr.com/





sábado, 14 de abril de 2012

Jardinagem alternativa - os jardins verticais

Quem não gostaria de ter um verdejante e faustoso jardim em casa?
A partir de agora, a desculpa da falta de espaço (no jardim, no terraço, na varanda ou no pátio) deixou de poder ser utilizada...
E mesmo se não tiveres nenhum espaço exterior, podes igualmente criar um jardim vertical dentro da tua casa!

Sounds absolutely perfect!


Casa privada no Estoril


Café Royale no Chiado




Just Cuore em Lisboa



Loja da EDP no Porto




Torres Natura - MSF em Lisboa




E tu? És um consumidor responsável?






sexta-feira, 13 de abril de 2012

A compra da Inca Kola

Hoje vou falar sobre uma bebida peruana, de seu nome Inca Kola. A Inca Kola, uma bebida gaseificada, de cor amarelo rebuçado, é feita a partir do aroma de uma planta peruana chamada Erva Luísa.

Ora bem, a Inca Kola sempre superou em vendas a Coca Cola no seu país de origem, o Perú. Como sendo uma bebida clara e mais leve que a sua principal concorrente, combina perfeitamente com os pratos condimentados peruanos.

Esta é a mais importante típica bebida sem álcool no Perú, e faz parte da Coca Cola Company, que a comprou há alguns anos. Porquê?




Esta é a versão disponível na web:




"Este largo liderazgo en el mercado peruano causó que, en 1999, Coca Cola adquiriera, por 300 millones de dólares, el 60% de las acciones de la Inca Kola. Como parte del acuerdo de compra, la Corporación Lindley obtuvo el derecho de embotellar Coca-Cola y las marcas afines (Fanta, Sprite, etc) en el Perú. La transnacional estadounidense obtuvo, por otro lado, la propiedad de la marca para su producción y comercialización fuera del país manteniendo Lindley la propiedad de la misma en el Perú."




Que vos parece? É justo que uma marca bem sucedida num dos países da América do Sul, seja abruptamente engolida pela maior multinacional de bebidas nao alcoólicas? E atenção ao interesse da Coca Cola, deixaram a comercialização no Perú a cabo da companhia peruana, porque a ideia geral é exportar a bebida para os países asiáticos, onde a alimentaçao é parecida, em termos de condimentos e sabores, e a Inca Kola terá seguramente bastante sucesso.
Na altura da negociação, surgiram no Perú várias marcas que comercializavam bebidas semelhantes, acusando a Inca Kola de ser uma verdadeira sell-out e já não uma empresa peruana, não merecendo por isso o dinheiro dos consumidores.


A bebida é já comercializada em todo o mundo atualmente. Já a viram por aí?

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Spread the love

Imagina um daqueles dias em que tudo te corre mal... No trabalho, em casa, com a família ou com os amigos... Daqueles dias em que não devias sequer ter saído da cama.

E se no caminho de casa te deparasses com um coração? Ali, perdido no chão da calçada, abandonado, pisado e espezinhado por todos. Esboçavas um sorriso? 

E se começassem depois a surgir corações por onde quer que passasses?
Achas que fariam o teu dia mais feliz?

Imagine, be happy and spread the love :)




O centro artístico EX-CARCEL de Valparaíso no Chile

Estive a recordar uma viagem de volta ao mundo que realizei em 2008 e resolvi partilhar convosco as recordações e algumas imagens de Valparaíso:

"Nas ruas estreitas e inacreditavelmente inclinadas de Valparaíso, sente-se o cheiro do mar. As casas multicolores trepam os inumeráveis cerros, empinando-se umas sobre as outras até perder de vista. Valparaíso é uma alegria para os sentidos. Nao há nada melhor do que deixar o mapa em casa e perder-se pela cidade. Elevadores e escadarias intermináveis brotam em cada esquina, sem nunca se saber onde vao acabar. Graffitis decoram as paredes num autêntico museu ao ar livre. A cada momento se descobre um acolhedor café ou restaurante. Este era um belo cenário para um filme. Cidade sem lógica e que só assim pode ser disfrutada.
Nas ruínas de uma antiga prisão, juntam-se bandas a tocar, crianças a jogar à bola e nas celas preparam-se peças de teatro. Um cenário surrealista. Uma prisão a céu aberto transformada num espaço de arte e liberdade. E não longe, a praia. O Pacífico rebentando sobre a areia num cenário paradisíaco. Dezenas de albatrozes repousando nos rochedos. O cheiro a eucaliptos no ar."

Atualmente a Ex-Cárcel dinamiza inúmeras actividades culturais, envolvendo
vários parceiros e outros actores da comunidade local:http://www.excarcel.cl/
Deixo abaixo algumas fotografias e um pequeno vídeo. ENJOY!