terça-feira, 24 de abril de 2012

Dá a casa ao manifesto

Skateboarding is not a crime.

Esta expressão foi criada há anos atrás, como resposta às políticas urbanas que excluíam e baniam o uso do skate nas cidades. O argumento era de que danificava e destruía equipamentos públicos, desde corrimões a passeios, etc. Além disso, durante muitos anos a prática do skate era associada à criminalidade, pelo que as pessoas temiam este desporto e quem o praticava.
Actualmente, esta concepção mudou. A cultura skater ganhou terreno, através da música, do cinema, dos jogos de vídeo, etc. Hoje grande parte das cidades tem já skateparks nos seus arredores, como forma de prevenir o uso do espaço público para praticar este desporto. Porém, deveriam ser construídos ainda mais, principalmente nos centros das cidades.
Os skaters continuam sem espaço suficiente para praticar. E foi nisso que pensou Pierre Andres Senizergues, ex-campeão mundial e fundador da Etnies. Deu casa ao manifesto: um projecto arquitectónico com o qual o comum e mortal skater apenas poderia sonhar. A PAS House é uma casa totalmente preparada para andar de skate, em toda a sua superfície, seja interior ou exterior. O seu protótipo foi já apresentado em Paris.
Imaginem uma cidade onde os skates são o principal meio de transporte, dentro e fora de casa. Os edifícios seriam ligados por uma estrutura em laço. Dentro de casa, todas as superfícies são tubulares, com rampas nas paredes. Até a mobília está preparada para a prática do skate.
Além disso, o projecto foi pensado tendo em conta o uso da ventilação natural e da luz solar e os materiais utilizados teriam origem local.

Será um sonho?





1 comentário:

  1. Lembro-me da ver escrito pelas ruas da minha cidade 'skate or die'. Anos mais tarde, vi um dessses graffitis mais emblemáticos com a seguinte alteração: 'skate (f)or die(t)'. Parece-me paradigmático do que acabaste de dizer...

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