O documentário "O Mundo segundo a Monsanto" da francesa Maria-Monique Robin (traça a história da principal fabricante de organismos geneticamente modificados (OGM), cujos grãos de soja, milho e algodão se proliferam pelo mundo, apesar dos alertas de ambientalistas. A multinacional Monsanto é líder mundial na produção do herbicida da marca Roundup. Também é, de longe, o produtor líder de sementes geneticamente modificadas, respondendo por 70% a 100% do market share para variadas culturas. A introdução das sementes em vários países (Argentina, Brasil, China, Índia ou até Haiti) demonstraram ser extremamente prejudiciais para a segurança alimentar das suas populações - ao eliminar outras culturas locais existentes, ao utilizar pesticidas e herbicidas fabricados pela empresa ou ainda ao aumento exponencial do preço das sementes.
sábado, 29 de dezembro de 2012
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
We are not the dead - retratos de soldados
Porque às vezes 1 imagem vale mais que 1000 palavras, a jornalista, fotógrafa e realizadora britânica Lalage Snow (agora residente no Afeganistão), criou a série de retratos "We are not the dead".
São retratos de soldados britânicos tirados antes, durante e depois da guerra no Afeganistão. A mudança na sua expressão revela o drama psicológico que estes homens enfrentam.
São retratos de soldados britânicos tirados antes, durante e depois da guerra no Afeganistão. A mudança na sua expressão revela o drama psicológico que estes homens enfrentam.
domingo, 9 de dezembro de 2012
Binta e a grande ideia
Partilho contigo este vídeo, que me foi mostrado há uns anos atrás em Barcelona durante um curso sobre Cooperação Internacional.
Binta e a grande ideia - a história de uma menina e da sua família numa pequena tribo em África, com uma mensagem muito importante sobre a importância da educação e a forma como vemos o mundo.
Binta e a grande ideia - a história de uma menina e da sua família numa pequena tribo em África, com uma mensagem muito importante sobre a importância da educação e a forma como vemos o mundo.
quarta-feira, 7 de novembro de 2012
Parabéns Obama!
Últimos minutos do discurso de vitória de Barack Obama nas presidenciais de 2012:
If you're willing to work hard...
It doesn't matter who you are, or where you come from, or what you look like, or where you live.
It doesn't matter if you're black or white or hispanic or asian or native american, or young or old, or rich or poor, abled, disabled, gay or straight...
YOU CAN MAKE IT HERE IN AMERICA IF YOU'RE WILLING TO TRY!
Absolutamente inspirador. Parabéns Obama!
If you're willing to work hard...
It doesn't matter who you are, or where you come from, or what you look like, or where you live.
It doesn't matter if you're black or white or hispanic or asian or native american, or young or old, or rich or poor, abled, disabled, gay or straight...
YOU CAN MAKE IT HERE IN AMERICA IF YOU'RE WILLING TO TRY!
Absolutamente inspirador. Parabéns Obama!
sábado, 3 de novembro de 2012
Vivienne Westwood apoia Assange
Já lá vão 4 meses desde que Julian Assange se refugiou na embaixada do Equador em Inglaterra, sob asilo político do país centro-americano.
O fundador do wikileaks é desde então o alvo de discussão entre os dois países: o Equador garantiu o asilo político a Assange em Agosto, após o mandato de captura pelo Reino Unido e pedido de extradição para a Suécia, onde é acusado de violação.
Assange não pode sair da embaixada, pois mal pise o solo inglês, é imediatamente deportado.
A wikileaks viu as suas doações serem bloqueadas pela Visa, Mastercard, Western Union, Paypal, Amazon e Bank of America, e houve uma cidadã britânica que quis fazer algo para ajudar uma pessoa que "expôs factos sigilosos e combateu a desinformação para o bem do público".
Nada mais nada menos que a designer Vivienne Westwood, que lançou uma linha de t-shirts em solidariedade com Assange. Os lucros revertem inteiramente para a wikileaks.
Disney gets in the dark side (and the dark side is not really dark)
Pois é, a Disney comprou a Lucasfilms por 4 mil milhões de dólares. A empresa de George Lucas junta-se assim a outras como a Pixar ou a Marvel, que foram engolidas pelo gigante do rato Mickey.
Mas se a Disney passou a englobar o lado negro da força, a força não era assim tão negra como isso.
Ora atenta neste pormenor: o realizador George Lucas, o único proprietário da empresa e como tal, único recetor da considerável maquia, declarou ao Hollywood Reporter que irá investir grande parte desta em projectos educativos.
A doação poderá feita à George Lucas Educational Foundation, já criada, ou para criação de uma outra nova fundação.
(fonte: greensavers.pt)
terça-feira, 30 de outubro de 2012
Ideias criativas para te entreteres nos dias frios
Hoje mostro-te algumas ideias criativas de reutilização de materiais que poderás fazer em casa. Em vez de os deitares para o lixo para reciclagem, experimenta uma destas. Pode ser que te entusiasmes!
Garrafa de água ---> Vassoura
Tampas de garrafa ---> Velas
Rolos de papel higiénico ---> Organizadores de caixas / gavetas
Cartões ---> Palhetas de guitarra
Cabides ---> Biombo (isto se tiveres muitos cabides :))
Patilhas de latas ---> Carteiras
Garrafões + colheres de plástico ---> Candeeiro
Mãos à obra!
Garrafa de água ---> Vassoura
Tampas de garrafa ---> Velas
Rolos de papel higiénico ---> Organizadores de caixas / gavetas
Cartões ---> Palhetas de guitarra
Cabides ---> Biombo (isto se tiveres muitos cabides :))
Patilhas de latas ---> Carteiras
Garrafões + colheres de plástico ---> Candeeiro
Mãos à obra!
segunda-feira, 8 de outubro de 2012
O Cluedo do 5 de outubro
Nas celebrações do 5 de Outubro, feriado da proclamação da República em Portugal algo de muito insólito aconteceu na Câmara Municipal de Lisboa: a bandeira nacional foi hasteada ao contrário.
"Tudo o que diz respeito à bandeira nacional tem um simbolismo e
hasteá-la ao contrário não foge à regra. Em tempos, durante as grandes
guerras, as bandeiras hasteada ao contrário eram sinal de que o local
estava dominado pelo inimigo, enviando um pedido de socorro. Trata-se de
um sinal reconhecido ao nível internacional." (Marta Grosso, Rádio Renascença)
Tal como a bandeira, também o país está do avesso. Mas no fundo quem foi o verdadeiro culpado?
Terá sido Cavaco Silva, por protesto a presidir um país que se encontra desgovernado?
Terá sido Cavaco Silva, por protesto a presidir um país que se encontra desgovernado?
Ou o Presidente da CML António Costa, que tem governado a cidade de Lisboa de forma exemplar, querendo dar uma achega ao governo do PSD?
Ou ainda o Chefe das Forças Armadas, pelo estado das coisas?
Talvez tenha sido Paulo Portas pelos conflitos que se têm gerado e gerado tanta especulação na coligação formada para o governo?
Se calhar vieram mesmo os senhores da Troika para mostrar quem manda agora em terras lusitanas...
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
Viver numa torre de água
Já viste com certeza dezenas torres de água espalhadas pelo país. Cada localidade tinha uma. Actualmente estão ao abandono ou servem propósitos bem diferentes. A de Vila do Bispo por exemplo serve como antena para telemóveis.
Um uso bem mais sustentável foi dado a este tipo de edifício pelo Estúdio Bham Design na Bélgica: habitação. Já te imaginaste a viver numa casa assim?
O projecto de renovação da torre para a transformar numa casa com 5 andares, com um terraço panorâmico de cortar a respiração e um duche exterior, conseguiu manter a maioria da estrutura original.
sábado, 29 de setembro de 2012
Village Undergroung já chegou a Lisboa
Lembras-te do Village Underground, projecto de recuperação de carruagens de metro antigas para transformação em espaços de escritório?
Pois é, já chegou a Lisboa! E se estás a precisar de um espaço de trabalho para ti ou para a tua equipa, apressa-te pois as reservas já começaram a cair!
Desde há 3 anos a ser projectado pelas mãos da Madame aka Mariana Duarte Silva, o Village Underground chegou finalmente a Portugal no local mais indicado da cidade de Lisboa: o Museu da Carris.
Os escritórios serão construídos dentro de contentores marítimos com um design único e inovador, e haverá 60 lugares disponíveis para aluguer. Mas já podes passar por lá e dar uma vista de olhos nos 2 autocarros antigos de dois andares da Carris, onde serão instaladas as salas de reunião.
Fazem falta ideias inovadores destas, especialmente em tempos de crise.
Change your mindset, go underground.
Fazem falta ideias inovadores destas, especialmente em tempos de crise.
Change your mindset, go underground.
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
Green walking
Andar a pé faz bem ao ambiente.
Às vezes é difícil que os cidadãos interiorizem isto.
Por isso, para demonstrar ao público como andar a pé e deixar o carro na garagem faz mesmo bem ao ambiente, o criativo chinês Jody Xiong em conjunto com a Fundação para a protecção do ambiente da China, desenvolveram um projecto megalómano nas passadeiras para peões chinesas.
Foram colocadas telas gigantes com imagens de árvores despidas nas passadeiras de 15 cidades chinesas. Depois, em ambos os lados do passeio, depositaram enormes esponjas ensopadas em tinta verde (ecológica claro!).
Cada vez que um peão atravessava a estrada, a tinta ficava nos seus sapatos, deixando folhas com as suas pegadas.
Qual a mensagem: quanto mais andares a pé, mais verdes serão as árvores. Literalmente!
Quase 4 milhões de pessoas participaram na criação de 132 árvores.
E a mensagem passou...
Vê o vídeo abaixo!
Vê o vídeo abaixo!
quinta-feira, 20 de setembro de 2012
Literatura vs. trânsito em Melbourne
Neste verão, Luzinterruptus, já antes aqui mencionado,
esteve na Austrália com uma nova instalação.
Seguem as declarações e algumas fotografias:
"In June, we went to
Melbourne to carry out a large-scale installation, our largest so far, at the
Light in Winter festival.
This year’s theme was
“reading”, for this reason they asked us to recreateLiterature vs Traffic, a piece that we had
previously installed in New York in a subversive manner and which they now
offered us the opportunity to expand it and make it grow for a month.
We had 10,000 books discarded
by public libraries because they considered them to be obsolete, that the
Salvation Army was responsible for collecting and donating them to us,
altruistically of course, we also had our lights and the help of a lot of
friends with whom we lived for a month doing the work of assembly and
installation.
The objective
of this piece? The same as the first time that we carried it out, that a river
of books overflowing into the physical pedestrian spaces and installed itself
in the space allocated to cars, stealing precious space to the dense traffic in
the area, in a symbolic gesture in which literature took control of the streets
and became the conquerer of the public space, offering the citizens, a space
(not as big as we would have liked) in which the traffic withdrew yielding
ground to the modest power of the written word.
On the final night,
the overflowing river of books, was offered to the visitors who took their time
choosing the most interesting to take home from the thousands installed there.
In addition 9 artists from the company Yumi, conducted an impromptu and magical
performance that ended in a donation of books to the occupants of the cars that
were circulating in the vicinity, who, stupefied opened their windows to
receive these mysterious presents."
quarta-feira, 19 de setembro de 2012
Develelopment is out. Sustainability is the new black
Já o ar está impestado do cheiro do cadáver. O Desenvolvimento morreu.
Este termo que tanto significou na nossa era, esta palavra sobrecarregada de sentido, finalmente deixou de fazer sentido.
Uma palavra com duzentos anos de construção de significado histórico e social, que foi impregnada de um significado ainda mais forte com o discurso do presidente Truman, em 1949, quando a contrapôs ao termo por ele considerado como Subdesenvolvimento ("Devemos empreender um novo programa audaz que permita que os benefícios do nosso progresso científico e industrial sirvam para a melhoria e o crescimento das áreas subdesenvolvidas"). A partir desse dia, dois mil milhões de pessoas acordaram subdesenvolvidas. Ao contrapor a evolução dos Estados Unidos no pós-guerra, Truman categorizou todos os outros como o seu espelho invertido. O Desenvolvimento passou então a significar quase apenas o escape ao Subdesenvolvimento. E as regiões subdesenvolvidas deixaram de se preocupar em trabalhar as suas especificidades e condicionantes, em definir objectivos próprios, preocupando-se apenas em cumprir o que os mais países poderosos lhes queriam impor.
Durante muitos anos, o Desenvolvimento foi seguido quase como uma religião, tendo como deus o crescimento económico. Só em 1962, as Nações Unidas recomendaram que o Desenvolvimento económico fosse aliado ao Desenvolvimento social, que melhorasse a qualidade de vida das pessoas. Nesta década, declarada como a Década para o Desenvolvimento, o enfoque social foi adicionado ao termo Desenvolvimento. Não funcionou. Na década de 70, as Nações Unidas procuraram uma estratégia global, baseada na ação conjunta das esferas económica e social. Em 1980, quase se anunciou o fim do Desenvolvimento, com o aumento exponencial das desigualdades económicas e sociais. Já na década de 90, surgiu o termo de Redesenvolvimento, que implicava o ter de desenvolver melhor o que não tinha corrido bem anteriormente.
Surgiu depois o Desenvolvimento sustentável. Uma espécie de Redesenvolvimento verde e democrático. Ou seja, para sustentar o Desenvolvimento.
Os tempos mudaram. O Desenvolvimento, o Redesenvolvimento ou o Desenvolvimento sustentável já não tem pernas para andar. As provas estão à vista. Nas ruas, nos governos, nas empresas. Está na altura de mudar finalmente de paradigma. Não há já desenvolvimento possível. O Planeta não o permite, o Estado não o permite, a Economia não o permite.
A palavra de ordem agora é Sustentabilidade. Apenas.
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
PIMP MY CARROÇA
Apresento-te o projecto PIMP MY CARROÇA.
Em S. Paulo, grande parte do lixo não é reciclado.
Existem centenas de catadores de lixo reciclável que percorrem as ruas diariamente, quase invisíveis para a opinião pública, recolhendo papel, cartão, plástico, e que ajudam a preservar o ambiente da cidade.
A estes agentes ambientais marginalizados juntou-se a arte marginalizada do graffiti e nasceu o PIMP MY CARROÇA, através do Crowdfunding.
O evento contou com a prestação de vários serviços de saúde e de higiene do trabalho aos catadores de lixo.
O evento contou com a prestação de vários serviços de saúde e de higiene do trabalho aos catadores de lixo.
O resultado está à vista. Parabéns!
quinta-feira, 16 de agosto de 2012
Conflict kitchen - comendo com o inimigo
Apresento-te o Conflict Kitchen. Neste restaurante de take-out, apenas são servidos pratos provenientes de países com os quais os EUA estão em conflito. Como? A cada seis meses, o painel que identifica a loja e por onde saem as mais diversas iguarias muda, de acordo com o país mais em voga na altura.
Cada mudança de imagem e de culinária é apoiada por uma série de eventos, performances e debates que procuram sensibilizar o público americano e divulgar a cultura, a política e aquilo que está em causa no conflito com os EUA por parte do país escolhido. Pode-se por exemplo participar em jantares via skype entre cidadãos de Pittsburgh e jovens profissionais de Teerão, realizadores de documentários de Cabul ou ainda activistas de rádios comunitárias de Caracas.
Actualmente, a versão cubana apresenta aos seus clientes a comida, a cultura e a mentalidade do povo cubano no país de origem e daqueles que emigraram para os EUA. Desenvolvido em colaboração com a comunidade cubana, a comida é embalada em caixas para take-out seladas com autocolantes e embrulhadas em papéis que incluem entrevistas a cubanos em Cuba e nos EUA sobre questões como o embargo económico ou a relação de Cuba com outras potências mundiais. Estes “wrapers”são produzidos especialmente para cada versão do restaurante. E tal como seria de esperar, as ideias e as opiniões são muitas vezes contraditórias e condicionadas pela vivência pessoal. Estas contradições permitem ao Conflict Kitchen questionar, debater e conversar com os seus clientes.
Localizado em Pittsburgh, o Conflict Kitchen ofereceu pela primeira vez aos cidadãos um restaurante iraniano, afegão, venezuelano ou cubano. Brevemente, terão também uma versão norte-coreana.
terça-feira, 24 de julho de 2012
O começo do fim (em Gaza)
Foi há exatamente um mês que foi eleito o novo presidente egípcio, Mohammed Morsi, candidato da Irmandade Muçulmana, vitória esta que foi festejada efusivamente na praça Tahrir, no Cairo, onde muitos milhares dos seus partidários se concentraram e gritaram Allahu Akbar [Deus é grande]. Mas não foram só os egípcios quem festejou este acontecimento: na Faixa a eleição de Morsi foi amplamente celebrada.
E com bons motivos. Passado apenas um mês, Mohammed Morsi levantou o bloqueio à Faixa de Gaza, que se estendia de há 5 anos para cá, quando Hosni Mubarak ordenou o encerramento da passagem de Rafah após imposição de Israel. Os palestinianos podem agora atravessar livremente a fronteira para o Egipto e aí permanecer durante 72 horas.
A decisão do presidente Morsi foi tomada após um encontro com uma delegação do movimento Hamas, liderada pelo seu chefe exilado, Khaled Meshaal. Meshaal e Mursi discutiram formas de garantir que Gaza, que compartilha suas fronteiras com o Egipto, obtenha o gás e o petróleo de que necessita, apesar do bloqueio por parte de Israel.
A Faixa de Gaza tem 41 quilómetros e faz fronteira com o deserto do Sinai, no Egipto. Aí habitam 1,5 milhões de palestinianos. Com os sucessivos bombardeamentos por parte de Israel, a maior parte das suas infraestruturas estão destruídas. Também o seu espaço aéreo e o acesso por mar estão controlados por Israel. Em 2000, o presidente israelita Ariel Sharon ordenou a retirada unilateral da Faixa de Gaza, com o propósito de garantir a segurança dos colonatos judeus que aí se haviam estabelecido. No ano seguinte, ao serem convocadas eleições nos territórios palestianos, venceu o Hamas, partido considerado terrorista pela comunidade internacional. Foi o início do bloqueio. Tanto Israel como o Egipto consideravam que não era possível garantir a segurança na região. E a situação humanitária na Faixa de Gaza agravou-se.
Subscrever:
Mensagens (Atom)