quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Conflict kitchen - comendo com o inimigo


Apresento-te o Conflict Kitchen. Neste restaurante de take-out, apenas são servidos pratos provenientes de países com os quais os EUA estão em conflito. Como? A cada seis meses, o painel que identifica a loja e por onde saem as mais diversas iguarias muda, de acordo com o país mais em voga na altura.
Cada mudança de imagem e de culinária é apoiada por uma série de eventos, performances e debates que procuram sensibilizar o público americano e divulgar a cultura, a política e aquilo que está em causa no conflito com os EUA por parte do país escolhido. Pode-se por exemplo participar em jantares via skype entre cidadãos de Pittsburgh e jovens profissionais de Teerão, realizadores de documentários de Cabul ou ainda activistas de rádios comunitárias de Caracas.
Actualmente, a versão cubana apresenta aos seus clientes a comida, a cultura e a mentalidade do povo cubano no país de origem e daqueles que emigraram para os EUA. Desenvolvido em colaboração com a comunidade cubana, a comida é embalada em caixas para take-out seladas com autocolantes e embrulhadas em papéis que incluem entrevistas a cubanos em Cuba e nos EUA sobre questões como o embargo económico ou a relação de Cuba com outras potências mundiais. Estes “wrapers”são produzidos especialmente para cada versão do restaurante. E tal como seria de esperar, as ideias e as opiniões são muitas vezes contraditórias e condicionadas pela vivência pessoal. Estas contradições permitem ao Conflict Kitchen questionar, debater e conversar com os seus clientes.
Localizado em Pittsburgh, o Conflict Kitchen ofereceu pela primeira vez aos cidadãos um restaurante iraniano, afegão, venezuelano ou cubano. Brevemente, terão também uma versão norte-coreana.










Sem comentários:

Enviar um comentário