domingo, 15 de julho de 2012

Muito mais do que música

Apresento-te um festival que celebra o seu 15.º aniversário este ano. Um festival que escolheu como tema a Alquimia, de acordo com o calendário Maia, colocando o ano de 2012 como ponto de viragem cósmico, de mudanças extremas a nível ambiental e social. Um festival que quer aproveitar para consciencializar para a mudança que tem de ser empreendida junto de cada um. O respeito pela Terra e pela Natureza. E por cada um de nós.

Além da música, oferece exposições de artistas de todo o mundo, performances artísticas ao vivo, workshops e palestras sobre diversos temas, painéis de debate, visionamento de filmes, entre muitas outras actividades.

Todos os anos, a organização selecciona um país (normalmente, um país "em desenvolvimento"), e oferece bilhetes grátis aos seus cidadãos. Este ano, os felizes contemplados são o México e a Guatemala. Qualquer cidadão destes dois países que queira visitar o festival, terá acesso ao seu bilhete gratuitamente. 
Além disso, existe ainda a preocupação de baixar o preço dos bilhetes a países que tenham estado debaixo da especulação financeira por parte das agências de rating internacionais: Portugal, Grécia, Irlanda e Espanha. Esta é a sua forma de protesto.
Também existe um preço especial para países de África, Ásia e Pacífico (excluindo as maiores economias desta zona), Caraíbas, América Central e do Sul e Europa de leste.
Este ano conta com mais de 100 países representados, segundo os dados de venda de bilhetes. Uma verdadeira reunião de pessoas de todo o mundo. 

Um festival que trata toda a água utilizada e a devolve à natureza tão limpa quanto a recebeu, reduzindo a sua pegada a zero. Com quase 100% das instalações sanitárias equipadas para compostagem de todos os resíduos, que são depois utilizados na agricultura. Um festival que gera grande parte da energia utilizada a partir de óleo vegetal ou de painéis solares. Que utiliza a tecnologia LED como uma das suas apostas fortes no que diz respeito à iluminação de todo o recinto.

Um festival cujas infraestruturas são construídas em materiais naturais, como bambu, madeira, terra, cana, pedra, apostando assim na bio-construção e minimizando o impacto ambiental. Além disso, aposta fortemente na reutilização de materiais, reduzindo também a sua pegada carbónica de forma significativa.

Vencedor do Green'n Clean Festival of the Year 2010 e do Greener Festival Award em 2008 e 2010, este festival está integrado em think-tanks internacionais para partilha e investigação no que diz respeito a boas práticas ambientais em festivais de música, tais como a United Nations Environment Music & Stakeholder Initiative e o GO-Group (Green Operations Europe). Um verdadeiro case-study de sucesso para organização de eventos sustentáveis.



Algumas pessoas podem pensar que se trata apenas de um festival de trance, mas o BOOM é muito mais do que isso.

A partir de 28 de julho em Idanha-a-Nova: www.boomfestival.org 

2 comentários:

  1. Nunca, NUNCA diria que o BOOM tinha uma atitude tão respeitadora e consciencializadora como descreveste nina.
    As pessoas não sabem isto!

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  2. Pois, mas pena é que as pessoas que vão lá, vão só para ver e serem vistas, para estarem drogadas até aos cabelos com as drogas da moda e muito pouco preocupadas com o meio ambiente, ou ainda menos com os ideais destes festivais. E depois ainda saem de lá com intoxicações alimentares, infecções, e o que mais houver.. De resto, é de louvar estas iniciativas...

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