sexta-feira, 22 de junho de 2012

Fossil of the Day Award - Rio+20


As ONG's Climate Network e Avaaz organizaram mais uma vez os Fossil of the Day Awards, premiando os países envolvidos nas negociações do texto final do Rio+20 que dão o seu "melhor" para bloquear o progresso ambiental.
As votações ocorreram durante o processo de negociação para o texto da Conferência das Nações Unidas apresentado a dia 20 de junho no Rio de Janeiro.

Apresento-te agora os vencedores de cada dia: 

18 junho
1º lugar: Austrália
por exercer pressão sobre os estados insulares do Pacífico, principalmente Tuvalu, para concordar com o aumento da temperatura do planeta em 2º, em vez de 1,5º, que estes reivindicavam.
2º e 3º lugares: Canadá, Austrália e Japão –
pela incapacidade de manter propostas de financiamento de longo prazo para os países pobres.

16 junho
1º lugar: EUA
- por ter inserido um percentual 'x', como propostas voluntárias em substituição a reduções concretas obrigatórias dos países, nas reduções das emissões de gases de efeito estufa.
2º lugar: Grupo Umbrella (Guarda-Chuva),
que representa os países do Anexo 1 (industrializados), com exceção da União Europeia -
porque se recusaram a fornecer aos países em desenvolvimento apoio a acordos de financiamento a longo prazo.

15 junho
1º lugar: EUA -
por ser um país industrializado, que não propõe alterar a utilização de medidas de redução provenientes da aviação e da área marítima, para gerar fundos de adaptação e mitigação.
Por pouco a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, não ganhou o 'Fóssil do Dia (15), no lugar dos EUA, graças ao seu lapsus linguae, ao afirmar que "o meio ambiente é uma ameaça ao desenvolvimento sustentável".
2º lugar: Canadá -
por causa da afirmação de que o Canadá não tem absolutamente nenhuma intenção de atingir as metas de redução, em 2020.
3º lugar: EUA e Colômbia - por dificultarem o processo de construção do texto sobre o REDD - Redução para Emissões de Desmatamento e Degradação.
14 junho
1º lugar:
EUA -
por não assumir nenhum compromisso sobre o financiamento de longo prazo para os países em desenvolvimento e por ser o maior emissor cumulativo e ter uma das mais fracas metas de redução de emissões de gases de efeito estufa (GEEs).
2.º lugar: União Europeia
- por causa da existência de um vazio jurídico quanto à implementação de combate ao ar quente e na questão da gestão florestal.
3º lugar: Canadá e Arábia Saudita - devido aos seus altos índices de emissão, sempre nos lugares cimeiros, além de poucas iniciativas para a redução.

12 junho
1º lugar:
Japão - por se opor ao estabelecimento de um segundo período de compromisso do Protocolo de Quioto.
2º lugar: Papua Nova-Guiné - por se opor à proposta do compromisso de protocolos juridicamente vinculativos na COP15 dos países mais poluidores, que foi feita pela Aliança dos Pequenos Estados Insulares, do qual o país também participa.

11 junho
1º e 2º lugares:
Canadá - pelo seu posicionamento intransigente, quanto às metas de redução de emissões de GEEs e por não ser claro quanto às suas posições no encontro.

3º lugar:
União Europeia - por não ter uma posição mais ousada para a proposta de um apoio financeiro a longo prazo aos países pobres.

10 junho
1º lugar: Polónia - por bloquear proposta de actualização incondicional do objectivo da UE de reduzir as emissões de carbono a 30%.
2º lugar: Alemanha - por não esclarecer que o financiamento do clima deve ser adicional aos auxílios já existentes.
3º lugar: Nova Zelândia - por declarações do ministro neozelandês de não estar focado no aumento das emissões do próprio país.


9 junho
1º lugar:
Canadá e Croácia - por se oporem às reduções do Protocolo de Quioto a níveis de emissões de GEE em 1990.
2º lugar: Rússia - por não ter se comprometido efectivamente quanto às reduções no Protocolo de Quioto e também na COP15, até agora.

08/12

1º lugar: Ucrânia - por ter o objectivo de reduzir em 20% suas emissões em relação a 1990, o que significa 75% de aumento, nos níveis actuais.
2º lugar: Canadá, Islândia, Japão, Cazaquistão, Nova Zelândia, Noruega, Rússia, Ucrânia, Estados Unidos e Austrália - por proporem que a captura e armazenamento de carbono se devem qualificar como projecto de MDL - Mecanismo de Desenvolvimento Limpo.
3º lugar: Ucrânia - por se recusar a dizer como está a utilizar o dinheiro da venda de créditos de emissões.


7 junho 
1º lugar: Países em desenvolvimento - por falta de empenho na implementação das reduções de emissões de GEE.
2º lugar: Suécia, Finlândia e Áustria - por tentarem obter ganhos, por causa de suas florestas.
3º lugar: Canadá - por causa da falta de empenho.
Menção honrosa: Arábia Saudita - por causa da falta de empenho "histórica".

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